E pelos caminhos andados, em dias de chuva que atormenta
meus pensamentos com o desespero dos trovões que suas palavras fazem ecoar no céu
de estrelas que desapareceram na desconfiança dos sentimentos ditos,
sentimentos enganados. Deixo-me cair
sobre as pedras de uma juventude já esquecida. Não me esqueci de viver, apenas não
tinha conhecido seus beijos ainda. E
agora que conheci continuo atirado num chão de pedras pelo medo de amar, se
enganar e despertar em mim aquela dor, a mesma dor que carrego no frio estômago,calado,
vazio pela dor, mas cheio do amor guardado pelas paixões talvez não vividas,
ansiosas se foram cedo demais, e agora eu continuo a deitar sobre as pedras do
caminho torturante, calejado pelas dificuldades do medo de querer te amar e a ânsia
em querer que você diga não para eu voltar a minha realidade, e viver mais uma
vez o tombo nas pedras da solidão.
Ah como eu quero você!